sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Absorção de minerais e os "vilões" ácido fítico e ácido oxálico

Nota: O Post é longo porém vale a pena dedicar uns minutinhos de leitura a informação é interessantíssima!! :) e não tem muitos artigos na internet :(

AQUI um outro artigo do assunto menorzinho!

Existem diversas substâncias presentes nos vegetais que podem interferir na assi­milação de alguns nutrientes importantes para a saúde. Você verá que algumas medidas muito simples, como o aquecimento, redu­zem ou anulam seus efeitos. Adiante, você lerá sobre os dois mais importantes: 


O ácido fítico (AF) e ácido oxálico (AO)

Inibidores de proteinase (enzimas que digerem proteinas): dificultam a digestão de proteínas. São encontrados em diver­sos tipos de feijões, soja, amendoim, bata­ta e batata-doce. O aquecimento reduz a quantidade presente no alimento.

Hemaglutininas: proteínas vegetais que podem aglutinar as células vermelhas do sangue. Está presente em diversos tipos de feijões, inclusive de soja. O cozimento reduz os seu potencial tóxico.

Polifenóis: ligam-se ao ferro vegetal, difi­cultando a sua absorção. Estão presentes nas plantas e têm função protetora contra bactérias, fungos e vírus. São mais de 3.000 compostos identificados, como as catequinas, taninos e as isoflavonas. O fei­jão preto contém altas quantidades de polifenóis. O uso concomitante de vitamina C pode reduzir o efeito negativo dos polifenóis com relação ao ferro. No pro­cesso de germinação, reduz-se a quanti­dade de compostos fenólicos (como a ca­tequina) do grão. No entanto, a fermen­tação aumenta a sua quantidade.

Ácido fítico e Ácido oxálico

O ácido fítico é reconhecido como um anti-nutriente, ou seja, um composto que difi­culta a absorção de vários minerais alcalinos. Ele está presente nas sementes, nos grãos dos cereais integrais, nas legumi­nosas (diversas qualidades de feijões, inclusive a soja, com alto teor), etc. Os vegetais amiláceos também o contêm, mas em quantidades não preocupante.

O ácido oxálico é também um anti-nutriente. Um composto que difi­culta a absorção de nutrientes. O ácido oxálico é o inibidor mais potente da absorção de cál­cio. Inibe, também, a absorção de ferro, zinco, manganês etc. É por esse motivo que precisamos conhecê-lo. Ingerir alimentos ricos em ácido oxálico seria como se estivéssemos ingerindo menos esses minerais.


As origens das patologias e dos desequilíbrios abaixo relacionadas podem ser múltiplas, porém todos apresentam como denominador comum um alto grau de acidez.

Acne, Alergia, Artrite, Asma cardíaca, Bronquite crônica, Cãibra, Cáries, Diabetes, disfunções hepato-vesiculares ,Disfunções renais e urinárias, Dores musculares, Eczemas secos, Enxaquecas,Espasmos, Estado de espírito agitado, Exaustão, Fadiga matinal, fibromialgia, Fome excessiva, Fraqueza, Gases, Gastrite, Gengivite, Gota, Hiperglicemia diabética, Hipertireoidismo, Infecções em geral, Infertilidade, Inflamação péptica, Leucemia

Leucorréia, Língua carregada de mucos (mais na parte posterior), Lombalgia, Mãos úmidas e frias, Mau hálito, Mau humor, Osteoporose, Paradontose, Pele grossa (principalmente no rosto), Perturbação do apetite, Perturbação do sono (principalmente entre 1/3 da manhã)

Prisão de Ventre, Problemas articulares, Problemas cardiovasculares, Problemas da menopausa, Problemas de concentração, Problemas de gravidez, Problemas de memória 

Problemas de microcirculação (hipotenia), Problemas nos músculos, tendões e ligamentos

Queda de cabelos, Raiva, Reumatismo, Sensação de estômago cheio, Síndrome do pânico 

Suores excessivos, Tensão pré-menstrual, Tensões musculares, Transpiração nos pés

Úlceras gástricas e duodenais.


Os alimentos acidificantes são aqueles que, por produzirem fortes ácidos, vão sempre se utilizar das reservas alcalinas do organismo, sobretudo na ausência de enzimas próprias ao metabolismo do alimento, ou de reservas alcalinas oriundas de outros alimentos e/ou suplementos alcalinizantes.

Apesar dos alimentos protéicos serem os primeiros a serem apontados como poderosos acidificantes, com exceção do painço, trigo sarraceno ou mourisco, amaranto, quinoa real e dos grãos germinados, a maioria dos cereais, integrais ou não, também acidificam o organismo.

Alimentos ricos em alcalóides, como café, chá e chocolate, também são ricos em purinas e, portanto, acidificantes. Diferentemente dos humanos, os animais carnívoros têm, por natureza, a enzima úrica que os protege da sobrecarga do ácido úrico, causa de tantos reumatismos gotosos, das litíases renais etc.

De modo semelhante ao açúcar, são igualmente acidificantes todas as gorduras e óleos: hidrogenados (cuidado com as margarinas ou qualquer outra gordura “hidro-genada” hoje embutida em todos os alimentos derivados da indústria alimentícia), refinados, sintéticos, todos os ‘trans’ e tudo que seja oposto aos óleos vegetais extra-virgens, resultantes da primeira extração a frio.
São também acidificantes todos os alimentos velhos ou que:

→ Não concluíram o ciclo de maturação no próprio pé.

→ Foram gerados por sementes manipuladas ou transgênicas.

→ Oriundos de uma agricultura não biológica.

→ Tenham tido suas moléculas estouradas pelo congelamento.

→ Tenham sido desnaturados, artificialmente ‘enriquecidos’, submetidos a irradiação, expostos a campos eletromagnéticos etc. - em graus diferenciados.
Tirando os casos de envenenamento ou de efeitos colaterais gerados por um receituário ou auto-medicação irresponsáveis, doenças relacionadas a um excesso de resíduos alcalinos são praticamente desconhecidas do homem moderno.

Ácido fítico

Apesar de ser um antinutriente, ele pode ter essa ação anulada ou no mínimo reduzida se tivermos alguns cuidados no pre­paro dos alimentos. Veremos que uma das soluções, muito simples, é ativar a enzima endógena do grão (fitase). A natureza já trás a solução. É só darmos condições para que isto ocorra.

Um dos nomes do ácido fítico é hexafosfato de mioinositol (H18P6O24). Depois de hidrolizado pela fitase, se transforma em: Inositol + ácido fosfórico (C6H12O6 + H3PO4).

Inositol – Um açúcar. Classificado internacionalmente como vitamina.

Ácido fosfórico – Reserva de fósforo dos vegetais. O fósforo fítico, representa ⅔ do fósforo presente na semente.

Quando o ácido fítico se une com os minerais alcalinos, no processo digestivo, forma uma substância insolúvel chama de “fitato de cálcio”, “fitato de ferro”, “fitato de zinco” etc., que é eliminada nas fezes.

Para que serve o ácido fítico?

Certamente o AF não serve apenas para atrapalhar a sua nutrição.

Os grãos, “as sementes”, com sua vasta diversificação: cereais, leguminosas, e tantos outros, foram, em toda a história da humanidade, a base de sua alimentação. Há espécie de grãos que, se armazenados adequadamente, podem manter sua vitalidade por anos e até séculos.

Desta forma a Natureza armazena, conserva, mantém nos grãos, a energia e substâncias diversas, necessárias para que eles “germinem”, e se transformem em muitos outros grãos. O processo, de como se dá este armazenamento, era desconhecido até bem pouco tempo, pelo homem.

Com esta característica, os grãos podem ser armazenados e utilizados no futuro, como alimento ou sementes, em novos plantios.

Sem olhar, sem analisar, outros aspectos, somente a possibilidade de armazenamento por tempo indeterminado, os grãos se tornam o alimento mais próprio, mais adequado para o homem. Com a possibilidade, do seu armazenamento, ser totalmente natural. Sem utilizar energia elétrica ou produtos químicos.

Para que nós, Seres Humanos, possamos utilizar estes grãos como alimento, temos que prepará-los, adequá-los; “já que eles podem ser utilizados, como alimento humano!” Embora, tenham sido produzidos, pela Natureza, para serem “sementes”, gerar novos frutos. O fato, dos grãos conterem vários nutrientes e vitalidade, não quer dizer que já estejam próprios, adequados para serem utilizados como alimento.

Esta preparação, esta adequação é que não foi praticada corretamente, ao longo dos anos, no passado, e ainda na atualidade.

O que tem que ser feito é a transformação destes grãos, de “DEPÓSITO”, “ARMAZÉM”, em alimento.

O armazém, o depósito terá que ser aberto, para que os nutrientes se tornem disponíveis.

Se ingerirmos estes grãos, sem a devida preparação, estaremos ingerindo substâncias (principalmente o ácido fítico) que se prestam, que só servem, à manutenção, conservação dos grãos e que não são adequadas para o consumo humano, vindo a provocar sérios prejuízos na absorção, pelo organismo humano, de várias substâncias, principalmente “minerais”, vitais para a manutenção da saúde, presentes nos próprios grãos ingeridos, ou em outros alimentos, se ingeridos juntos. Caracterizando-se a não abertura dos grãos, estando parte dos nutrientes indisponíveis para o organismo.

O ácido fítico pode corres­ponder de 1 a 7% do peso seco do grão.

Teor de ácido fítico (g/100g) de cereais e/ou leguminosas:

Aveia 1,01

Cevada 0,97

Ervilha 1,02

Farelo de arroz 1,50

Feijão 0,55

Milho 1,02

Soja 1,43

Trigo 0,93

Trigo durrom 0,72

Dietary Guidelines For American 2005 (USDA).
O fósforo contido no AF pode correspon­der a 80% do total existente na semente. Alguns outros vegetais, como cenouras e batatas, também contêm AF, mas em menor quantidade do que as sementes.

Por que o grão precisa guardar energia? E simples. Para germinar, é necessário ener­gia. No processo inicial da germinação, a planta ainda não tem condições de realizar fotossíntese para produzir energia. Assim, é o AF que vai fornecer essa energia para o grão conseguir germinar.

Vamos enriquecer um pouco mais o nosso conhecimento

Você se lembra que o nome do AF é hexafosfato de mioinositol? Isso significa que esse composto (mioinositol) apresenta Seis (hexa) fósforos. Com o proces­so de germinação e a utilização do fósforo, esse composto ficará com cinco (penta) fós­foros, depois com quatro (tetra) e assim por diante. Importante: a redução da absorção dos minerais é mais significativa quando o ácido fitico apresenta cinco ou seis fósforos.

Quando há menos fósforo do que isso, esses minerais (ferro, zinco e cálcio) ficam bas­tante disponíveis para serem absorvidos.

Dessa forma, conforme a semente vai ger­minando, o fósforo vai sendo utilizado e os minerais ficam mais disponíveis para a absorção. No processo de germinação, a enzima fitase vai “quebrando” (hidrolizando) e líberando o fósforo do AF. Memorize isso! A germinação reduz o teor de ácido fítico do grão!

Como germinar os grãos

Você deve oferecer condições para que a semente “tenha vontade” de brotar. Seja generoso: deixe as sementes de molho na água por 8 a 12 horas. Depois disso, despreze essa água (parte do AF vai embo­ra junto com a água).

Agora, as sementes devem permanecer úmidas (não encharcadas!). Coloque as sementes em uma vasilha na sombra. Duas ou três vezes por dia, coloque bastante água, deixe por uns dois minutos e escorra completamente essa água. Se as sementes permanecerem nesse processo por tempo suficiente, você observará que elas começarão a brotar. No entanto, não é necessário aguardar esse tempo todo.
Coloquei a semente em processo de germinação. Quanto tempo demora para que o AF seja degradado?

A resposta não é simples. Os diferentes grãos apresentam diferentes teores de AF ou de fitase. Além disso, outros fatores também influenciam a germinação, como o pH e a temperatura a que eles são expostos.

Portanto, não é possível saber, fora do laboratório  qual é o tempo exato que o AF será degradado na semente. Fará diferença se for inverno ou verão  assim como é diferente o tempo para os diferentes tipos de grãos.

De forma geral, a recomendação é que você deixe os grãos em processo de germinação de 12 a 24 horas.

Lembre-se de que o processo de germinação começa quando você coloca o grão de molho na água.

Processamento de alimentos e ácido fítico.

O processamento de alimentos pode alterar o seu teor de AF e/ou de fitase.

Assim, a biodisponibilidade de minerais também pode ser alterada. Entende-se como processamento de alimentos: fermentação, cozimento, extru­são, assadura, tostagem, embebição em água, amassamento etc. Os procedimen­tos que melhoram a atividade da fitase e reduzem o teor de AF e que você pode fazer em casa são: embeber o grão em água, germiná-lo e fermentá-lo (processo utilizado para fazer pão).

O aquecimento suave aumenta a diges­tibilidade de alguns alimentos e reduz o AF de vegetais amiláceos (batatas, inhame, cará, mandioca...), mas não de cereais e dos feijões. As reduções de AF no co­zimento são variáveis. Elas dependem da espécie da planta, de condições de tem­peratura, pH e da presença de outros cátions (cálcio, magnésio e sódio).

A moagem do grão pode reduzir o teor de AF (e da fibra dietética) de cereais e de alguns óleos de sementes (exceto da soja). A extrusão é utilizada na preparação in­dustrial de alimentos, como snacks e cereais matinais (flakes). Esse processo é realizado com alta temperatu­ra (110° a 1800° C). O alimento é forçado a passar por uma fenda predeterminada, assumindo a sua forma específica. Na extrusão, é utilizado excesso de calor, não sendo o melhor método para destruir o ácido fítico, pois também reduz a biodisponibilidade de minerais (como o zinco) por causar alterações químicas. A fitase é inativada no processo (por causa do calor recebido).

É bom que fique bem claro, que a fitase é uma enzima, como todas as outras enzimas, não suporta temperatura superior a 60° C, por isso, antes de expor qualquer grão a temperatura desse nível, dê chance para que a fitase hidrolise o AF. Se a fitase for destruída pelo calor, não será mais possível reduzir o AF desse alimento.

Devemos ficar atentos, com relação aos alimentos industrializados. Alguns exemplos:

Pães integrais (Falsos). Não contém mais “energia vital”. Foram produzidos com farinha velha. Moída a vários dias. O seu ácido fítico não foi trabalhado pela fitase, pois, o tempo que este pão permaneceu fermentando, foi no máximo 1,30 horas, tempo insuficiente para a fitase comessar a agir sobre o ácido fítico. A indústria não pode esperar o tempo que a “fitase” necessita, para fazer o seu trabalho, em fim, pão falso.

Sem contar com os aditivos químicos, açúcares, gorduras trans, etc., adicionados, para que este pão possa permanecer vários dias, ou meses, na prateleira, a espera do seu consumidor.

Se encontram em situação semelhante: biscoitos, bolos, Todos os pães, germe de trigo, todas as farinhas, todos os alimentos pré-cozidos, as sopas prontas, os macarrões, os flocos de aveia, os flocos de milho, os flocos de trigo, o amendoim torrado, a soja torrada, a farinha de soja, a proteína de soja e todos os seus sub-produtos, etc. (exceção aos fermentados da soja: missô, shoio, natto, tempeh e outros).

Ter atenção com os produtos “ditos Integrais”, só por conterem, como ingredientes, “farelo de trigo”. É utilizado por ser um sub-produto, de baixo custo. O farelo é da parte do grão onde se concentra o “ácido fítico”, complicando ainda mais a absorção dos minerais, pois, a concentração do ácido pode chegar a 7% do produto. São exemplos: pães, biscoitos, torradas, etc.

Até o início do século XX existiam, apenas, cerca de 800 tipos de alimentos conhecidos, configurando todas as possibilidades de recursos naturais disponíveis no campo da alimentação. Hoje, são quase 40 mil produtos, sendo que cerca de 39.200 representam criações sintéticas ou artificiais ou, mais especificamente, “comida de laboratório”. É justamente esse início de século que marca o aparecimento, em maior escala, das doenças degenerativas (câncer, arteriosclerose, diabetes, reumatismo, etc.), entre as populações mais abastadas, como resultado da interferência química sintética sobre a sutil bioenergética dos seres vivos.

A biotecnologia consegue produzir fi­tase extraída do fungo Aspergillus niger. Essa enzima, daqui a algum tempo, provavelmente poderá ser comprada e utilizada nas preparações culinárias. Atualmente, é usada na elaboração de fórmulas lácteas substitutas do aleita­mento materno e em alimentos infantis, assim como em rações para animais. A fitase comercial consegue degradar com­pletamente o AF em duas horas.

Como reduzir, em casa, o teor de ácido fítico?

Preparações como deixar de molho na água, germinação e fermentação ativam a fitase e, conseqüentemente, degradam o ácido fitico.

• Fermentação da farinha para o pão.

Os alimentos fermentados apresentam ácidos orgânicos (acético, cítrico, lático e málico). Esses compostos deixam o meio intestinal ácido e facilitam a absorção dos minerais citados (especialmente o zinco). Isso vale para a farinha (de trigo ou cen­teio) usada para fazer pão caseiro.

Além disso, a fermentação ativa a fitase do grão (que irá degradar o AF). A degradação do AF pode variar de acordo com o tipo de pão e o modo de produção. Essa redução costuma variar entre 13 a 100%, sendo as taxas mais bai­xas nos pães não fermentados natural­mente (como os que utilizam bicarbona­to de sódio).

A fermentação “espontânea”, sem o uso de leveduras, é mais eficiente ainda em reduzir AF. Esse método é adotado por alguns naturistas que aguardam um tempo maior (12 horas, no mínimo) para a fermentação do pão, não utilizando fermentos de espécie nenhuma.

• Molho na água.

O AF é hidrossolúvel (se dissolve na água) e pode ser parcialmente removido por difusão, deixando-se o grão embebido na água. A fração de AF hidro­solúvel pode ser de 10% no gergelim até 70 a 97% em alguns feijões (soja em flo­cos, feijão-branco e azuki). Ember o grão em água é fundamental para ativar e acelerar o processo de germinação.

Consumir grãos germinados:

Durante a germinação, a fitase do grão é ativada e o ácido fitico vai sendo reduzido (ele cede fósforo e açúcar para o crescimento do embrião na semente).

De forma geral, os grãos devem perma­necer de 12 a 24 horas em processo de germinação. Entende-se como processo de germinação o período em que o grão é colocado de molho na água, até o mo­mento em que é levado para a panela.

Para os vegetarianos crudívoros, esse tem­po poderá ser prolongado até a germinação, para que o processo de mastigação seja facilitado.

Combinando os diversos métodos:

Para os que têm tempo e gostam da arte culinária, uma forma de reduzir drastica­mente o AF do alimento é submetê-lo à combinação dos diversos métodos. É pos­sível deixar o grão de trigo de molho na água, esperar o processo de germinação. Depois, deixá-lo secar completamente e moê-lo para conseguir a sua farinha. Pode-se utilizar essa farinha para fazer pão, dei­xando a sua mistura com água para fermentar.


Probióticos:

Atualmente se estuda a possibilidade de usar probióticos (microorganismos bené­ficos, como Lactobacillus, e viáveis à colo­nização do intestino) como uma forma de melhorar a absorção de minerais. É rele­vante a hipótese de as bactérias intestinais reduzirem o pH intestinal (o que favorece a assimilação de minerais), assim como a melhor ação da fitase.

Absorverei mais minerais se utilizar alimentos refinados?

Com os grãos “refinados”, que passam pelo chamado “beneficiamento”, “descorticação”, não há a interferência do ácido fítico, devido a retirada das películas externas que envolvem os grãos, também chamado de “farelo”, (transformado em ração de animais) tornando-os polidos, brancos e carentes dos principais nutrientes (como zinco, ferro, cál­cio, magnésio, manganês e cobre). Com a retirada da película externa, não há mais nos grãos o “ácido fítico”, utilizado pela natureza para sua proteção (funcionando como um escudo protetor). Ficando estes grãos a partir desta operação, “MORTOS”, SEM ENERGIA VITAL, não tendo mais condições de germinação e, se ingeridos, não terão condições de manterem o equilíbrio necessário ao organismo, pois são compostos de carbo-hidratos, basicamente, “geradores de açúcar”.

Mantenha o alimento com alto teor de minerais (alimento integral) e “vivo” até o momento da ingestão, e reduza o seu teor de AF. Essa é a escolha mais inteligente.

Ácido oxálico

Qual é a função do ácido oxálico?

Inicialmente, precisamos entender que o cálcio deve ser mantido sempre em valo­res muito bem delimitados dentro de um organismo. Ele não pode, em hipótese alguma, ficar em falta ou em excesso den­tro do organismo humano ou vegetal.

O cálcio livre em excesso em um organis­mo causa a morte das células, pois reage com diversas substâncias. Os organismos precisam se proteger desse perigo. O áci­do oxálico é um protetor da célula vegetal, pois se liga ao cálcio e não o deixa solto. Portanto, a sua principal função é defender a planta do excesso de cálcio, para que as suas células não morram.

O ácido oxálico é um composto importante para o vegetal. Nós, seres humanos, con­trolamos o nosso metabolismo de cálcio de outra forma, ou seja, sem o ácido oxálico.
Quantidade de ácido oxálico nos vegetais.

Veja a tabela Teor de ácido oxálico nos alimen­tos. As folhas das plantas contêm níveis de AO mais elevados do que os talos. Mas as brássicas (brócolis, couve de bruxelas, couve flor, repolho chinês, repolho, mostarda, nabo) são diferentes no reino vegetal. Elas não precisam de AO para se proteger do excesso de cálcio e da morte celular.

Os alimentos com maior quantidade de ácido oxálico (mais do que 600 mg por 100g de alimento) são: espinafre, ruibarbo, beter­raba, acelga e cacau em pó (desidratado).

Competição para a absorção: cálcio e ácido oxálico:

O efeito preocupante do AO está na sua capacidade de dificultar a absorção de cálcio. Quanto mais AO o vegetal apre­senta, menos cálcio conseguimos absorver. Para exemplificar, a absorção do cálcio proveniente do espinafre, que é rico em AO, é de apenas 5%.

O AO pode ser absorvido quando não se encontra ligado ao cálcio no intestino. Quando o AO é absorvido, posteriormente é excretado pelo rim, e não é aproveitado.

O ácido oxálico da dieta pode estar envolvido na formação de cálculos renais. Cerca de 75% dos casos de cálculos nos rins são devido a pedras compostas por oxalato de cálcio.

Reduzir o consumo de ácido oxálico diminui a formação de cálculos renais? Os estudos não conseguiram comprovar que isso ocorre. Mesmo assim, achamos prudente adotar essa medida na prevenção dos cál­culos compostos por oxalato de cálcio.

Conclusões:

O uso de alimentos integrais promove diversos benefícios á saúde. No entanto, os alimentos integrais contêm ácido fítico, que pode reduzir a absorção de zinco, ferro e cálcio. Esse efeito pode ser anulado ou reduzido pelos métodos descritos e é pru­dente utilizá-los quando se faz uso das sementes, dos grãos (ali­mentos integrais).

A recomendação é deixar os grão em processo de germinação de 12 a 24 horas (quanto mais tempo ficar, mais AF será hidrolizado). Podendo ficar até a germinação, e quem quiser, poderar ingerí-lo germinado, sem cozê-lo, para absorver 100 % da “Energia Vital”, do mesmo.

Devemos ingerir menos ácido oxálico para oti­mizar a absorção dos minerais (cálcio, ferro, zinco, etc).

A maneira mais prática de ingerir menos ácido oxálico é escolher alimentos com menor teor deste ácido. Veja na tabela a seguir, teor de ácido oxálico nos alimentos.

ENERGIA VITAL NOS ALIMENTOS 
Estudo dos campos áuricos, de espécies vegetais (verduras, cereais e leguminosas), utilizadas na alimentação humana, demonstrou como se comporta a “Energia Vital”, (VIDA), no decorrer de algumas horas, após estes vegetais serem colhidos (da natureza) ou preparados (cozidos), para serem ingeridos como alimento.

Um grão, no início da germinação (cereal ou leguminosa), ao passar pelo processo de cozimento, apresenta uma perda instantânea de 50 % da “Energia Vital”, ou seja, o grão “morreu” e sua “Energia Vital” foi reduzida pela metade.

Com 12 horas de cozido, o grão apresenta, apenas, traços da “Energia Vital”, caracterizando uns 2 % da “Energia Vital”.

O estudo com os vegetais, como: alface, couve, couve-flor, brócolis, repolho, cenoura, etc. apresentou o seguinte resultado, com relação à permanência da “Energia Vital”:

Após 6 horas de colhido, apresenta 50 % de perda da “Energia Vital”.

Após 12 horas de colhido, resta somente 10 %, tendo perdido 90 % de sua “Energia Vital”.

Após 24 horas, o vegetal quase não apresenta “Energia Vital”, existindo por volta de uns 2 %, somente.

Após 48 horas de colhido, o vegetal não apresenta mais sinais da presença da “Energia Vital”. A estrutura orgânica do vegetal, encontra-se totalmente abandonada da energia que mantinha a vida deste “SER”, restando a partir daí, apenas as partículas orgânicas, detectadas pela ciência, e, as “únicas” a serem consideradas importantes no processo de saúde, vida e morte dos Seres Humanos e demais Seres.

Conseqüentemente, se um outro “SER” o ingerir, como alimento, está perdendo tempo, em virtude de não absorver neste alimento, nenhuma “Energia Vital”, ficando a “Natureza”, incapacitada de manter a vida deste “SER”, devido ter ingerido um alimento “MORTO”, sem conter nenhuma vibração da “Energia Vital”.

À medida que as últimas gerações passaram a ingerir alimentos, produzidos em outras regiões (influenciadas por causas diversas), e mantidos por refrigeradores ou outro processo químico, portanto, alimentos velhos, sem “Energia Vital”, deu-se início aos grandes problemas de “saúde” que a humanidade enfrenta nos dias atuais.

Para efeito de comparação, foi considerado “PADRÃO”, com 100% de VIDA (ENERGIA VITAL), o “grão” no início da germinação e o “pé de verdura/legume”, recém colhido. Imediatamente após ser colhido.


Poderá gostar de combinações inteligentes!

Bibliografia:

SLYWITH, E. Alimentação sem carne: guia prático: o primeiro livro brasileiro que ensina como montar sua dieta vegetariana. São paulo. Palavra Impressa. 2006.

Bontempo, M. Relatório Orion. São Paulo. Círculo do Livro S.A. 1985.

Bontempo, M. Alimentação para um Novo Mundo. A Consciência ao se alimentar como garantia para a saúde e o futuro da vida na Terra. Rio de Janeiro. Record. 2003.

Whittlesey, M. Sal Assassino. 3ª Edição. Ground.

Oliveira, JM de. Terapia Ortomolecular, Antioxidantes e Radicais Livres. Brumar – Artes Gráficas e Editora Ltda. 1994.

Hirsch, S. Idéias e Receitas. Sem Açúcar e com Afeto. Como evitar um vício doce e mortal. Rio de Janeiro. 4ª Edição. Rocco. 1986.

Costa, NMB. Biotecnologia aplicada ao valor nutricional dos alimentos. Viçosa, MG. Biotecnologia & Desenvolvimento n° 32. Janeiro/Junho 2004.

Cobayashi, F. Cálcio: Seu papel na Nutrição e Saúde. Compacta Nutrição Vol V, n° 2. São Paulo. 2004.
Rosset, M. Distribuição de ácido fítico e minerais durante o processamento de extrato hidrossolúvel de soja e tofu. Londria, PR: UEL. 2007. Tese (Mestrado em Ciência de alimentos) Universidade Estadual de Londrina. 2007.
Santana, LFR et al. Valor Nutritivo e Fatores Antinutricionais de Multimisturas Utilizadas como Alternativa Alimentar. Viçosa, MG. 2000. Brazilian Journal of Food Technology. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG. 2000.
Salgado, JM. Pesquisa sobre o possível efeito tóxico do espinafre. Escola Superior de Agricultura Luiz de Quiroz – ESALQ. USP. SP.
Araújo, MJ et al. Níveis de fósforo disponível e de fitase na dieta de poedeiras de ovos de casca marrom. Areia, PB. Trabalho (Graduação em Zootecnia) Universidade Federal da Paraíba, Areia, PB.

Fonte: AQUI

6 comentários :

Eliana Castro disse...

Acho que é um pouco cedo demais para fazer uma afirmação precisa sobre esse assunto. Depois dá uma olhada nesses estudos:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7884537 e nesse:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52731999000100002

"...existem muitas controvérsias em estudos de biodisponibilidade in vivo a respeito da extrapolação de resultados de sistemas experimentais, para seres humanos que se alimentam com dietas complexas. O papel dos fatores antinutricionais tem sido rediscutido, em função de descobertas recentes que evidenciam o potencial de algumas dessas substâncias em exercer funções benéficas ao organismo humano. A habilidade do ácido fítico em atuar como anticarcinogênico, antioxidante e prestar contribuição nutricional no tratamento de diabetes, através da ação inibidora de a-amilases, são exemplos da diversidade de atuação dessas substâncias. Os taninos são antioxidantes, inibidores de determinadas enzimas e influenciam negativamente a digestibilidade de proteínas, no entanto, os seus efeitos em seres humanos ainda são desconhecidos.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Obrigado pela opinião! O assunto é controverso sim, assim como a soja e outros temas. Diante do que já li tomei meu partido. E até que seja uma verdade indiscutível terei minhas ressalvas. Tudo que citou tenho conhecimento. Porém, vale lembrar que a industria farmacêutico, alimentícia e outras ... manipulam muitas as coisas e eu tenho receio. De qualquer forma vamos acompanhar. Bom fds! bjs

Unknown disse...

Muito muito bom! Se não te importares vou usar na minha página A arca do Necas no Facebook! ️Obrigada!!!

Drak Druk disse...

Excelente, adorei sua postagem! E concordo com sua opinião sobre as indústrias farmacêuticas em geral, especialmente os conglomerados com interesses espúrios. Muito obrigado!

Unknown disse...

Boa Noite, não encontrei a tabela como o teor de oxalato nos alimentos...
se puder colocar agradeço!

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